A VERDADEIRA SEGURANÇA

Como nas últimas décadas, tivemos tempos de relativa estabilidade política, social e econômica, proliferaram em nosso meio teologias ufanistas, colocando uma ênfase excessiva nas bençãos terrenas. É lógico que Deus deseja cuidar dos seus filhos, e Ele de fato o faz, porém  se olharmos com imparcialidade para o Novo Testamento, veremos que há uma direta relação da Igreja com a oposição e  com sofrimento, porque o grande foco do Evangelho é sem dúvida nenhuma, a vida eterna. Jesus foi muito enfático nesse sentido: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6.19-21).

Quem conhece minimamente a história da Igreja, sabe que ela sempre foi purificada pelas provações e que se corrompeu tristemente sempre que passou a se ocupar demais com as coisas temporais, seja o poder político ou com as riquezas. Por isso, o cristão verdadeiro não espera, em meio às crises, sejam elas quais forem, que Deus coloque ao redor dele uma redoma especial de tal forma que ele fique invulnerável a qualquer mal, como se as águas da enchente fossem desviar da sua casa, mas que Deus irá, sim, fortalecê-lo interiormente, purificar suas motivações, reordenar seu olhar para o verdadeiro propósito pelo qual ele foi chamado em Deus: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação da sua glória, vos alegreis exultando”. (1 Pedro 3. 12-13)

Mas, quantos cristãos ainda pensam desse modo? Quantos cristãos priorizam seu progresso interior em detrimento a tudo o mais? Fato é que nos últimos anos, uma geração de pregadores exaltados, com os olhos no sucesso e no lucro, iludiram o povo, adulterando a palavra de Deus, como se Ele tivesse mudado de ideia e decidido nos dar o céu ainda aqui na terra. Como resultado, há agora há uma imensa massa de crentes, que não sabem o que fazer diante das provações, porque na verdade nunca foram preparados para o sofrimento. Esse mundo idealizado pela ciência ou pelas novas teologias, jamais será possível aqui, simplesmente porque não encontra respaldo nem na realidade e muito menos nas Escrituras.

É claro que é lícito buscar segurança e bem estar, porém o verdadeiro cristão sabe que há um limite para aquilo que ele poderá usufruir das realidades terrenas. Nesse sentido, o apóstolo Paulo parece até exagerado, quando diz: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Corintios 15.19).  

Ora, num mundo que dia a dia se desintegra diante dos nossos olhos, há somente uma opção segura: “Sabemos que, se a nossa casa terrestre se desfizer deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos humanas eterna nos céus”. (2 Coríntios 5.1).

Prezado leitor: Você já tem essa casa?

JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!