O mês de maio, dentro da nossa cultura cristã, é celebrado como o mês da família. Deus nos chama para ser família. A própria Igreja é chamada de “Família de Deus”. (Efésios 2:19) No Éden, Deus chamou um casal, e partir dele, povoar a Terra. Noé foi salvo do dilúvio, com sua família. Abraão foi chamado para constituir uma família através da qual iria abençoar todas as famílias da Terra. (Gênesis 12:1-3) Apesar da família ser uma instituição universal, ela é central para a fé cristã. Ora, a grande crise de identidade e de valores que assola as novas gerações, é consequência inquestionável da nossa displicência, permitindo que novas ideologias, totalmente estranhas às nossas raízes, destruam nossa civilização, minando nossos valores mais básicos, transformando a sociedade num amontoado de pessoas independentes, sem qualquer senso de pertencimento; que reivindicam mil direitos, porém sem qualquer comprometimento com o bem comum. A Igreja, chamada para ser sal e luz, é quem gera nas famílias os valores que irão dar substância à sociedade. É na família que se consolidam as identidades que depois vão se refletir em cidadãos que irão abençoar seus semelhantes. É em casa que os filhos precisam aprender o que significa ser homens e mulheres, na acepção mais restrita e mais ampla desses conceitos. Ora, nós somente poderemos continuar inculcando esses valores no coração dos nossos filhos, sendo cristãos consagrados, comprometidos com a Palavra de Deus e cheios do Espírito Santo. Num mundo que mais e mais vai perdendo todas as referências; numa sociedade onde as crianças e os jovens estão cada vez mais entregues à própria sorte; numa sociedade onde o Estado assume cada vez mais a responsabilidade pela educação das novas gerações, a família e a igreja se tornam os últimos redutos de lucidez e sanidade. O que vai sustentar a sociedade quando família e Igreja ruírem? É exatamente por isso que estamos morrendo como civilização, por que estamos renegando nossas raízes cristãs. No cristianismo bíblico, há hierarquia clara e há ordem em todos os setores da vida. No cristianismo bíblico, nunca encontraremos pessoas gozando de privilégios especiais, porque para cada direito, sempre haverá deveres correspondentes. No cristianismo bíblico, todos precisam de todos e especialmente as autoridades, são legitimadas por Deus para promover o bem dos cidadãos e não para apropriar-se deles. Sim, foi por causa da força desses valores, que o cristianismo foi capaz de se tornar civilização. Mas agora, o Ocidente cristão tem se tornando semelhante a um homem idoso que tomado de amnésia a respeito de sua própria identidade, começa agir irresponsavelmente, dilapidando todo patrimônio material, moral e espiritual que adquiriu durante sua vida, sem importar-se com as consequências que isso acarretará aos seus descendentes. Prezado leitor: O que nós estamos vivenciando hoje, não é somente a entronização de um estado laico, mas o estabelecimento de uma sociedade laica, que está jogando fora sua certidão de nascimento e sua carteira de identidade. Ora, se nós abrimos mão de algo que é tão essencial, outra civilização, que ainda possui consciência de si mesma, virá, e tomará nossos bens, e tomará nossos filhos, e queimará os nossos livros, e nos reduzirá à escravidão, como já aconteceu na própria história do povo de Deus. Portanto, Se você tem negligenciado sua família, volte. Se você se afastou da fé, volte. Se você se tornou um cidadão indiferente, volte, pois há uma promessa aguardando resposta: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. (2 Crônicas 7:14) JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!