O ABSOLUTO E O RELATIVO A maioria dos nossos equívocos acontecem quando não conseguimos separar aquilo que é regra daquilo que é exceção; aquilo que é absoluto daquilo que é relativo. A regra e a exceção, o absoluto e o relativo estão em todos os lugares. Mas evidentemente que não são a mesma coisa. Também dentro do espaço de cada conceito, seja ele absoluto ou relativo, seja a regra ou a exceção, existem limites. Compreender a natureza, os limites e o tempo de cada coisa é a nossa grande segurança: “Quem guarda o mandamento não experimenta nenhum mal; e o coração do sábio conhece o tempo e o modo” – Eclesiastes 8.5. Como saber o que é certo em cada circunstância? Como agir quando surgem os conflitos? Nem tudo na vida é tão simples quanto parece, mas o sábio alcança o equilíbrio e entende como aplicar o mandamento à circunstância, porque mandamento, tempo e modo constroem juntos o caminho da perfeição. Eu quero tomar como exemplo a questão do casamento. Onde está o absoluto e onde está o relativo em relação ao casamento? Onde está a regra e onde está a exceção? Veja bem: O casamento, aos olhos do Criador, é um valor absoluto. E, ainda que alguém não levasse Deus em conta, não poderia deixar de reconhecer que o casamento é meio natural mais eficaz para suprir as necessidades mútuas dos gêneros, perpetuar as gerações e transmitir os valores essenciais da vida. A família é o ambiente ideal para que o ser humano possa desenvolver-se em toda a sua plenitude. Não há área da vida em que a família não possa suprir: Proteção física, segurança emocional, exercício relacional, direção profissional, referenciais de moralidade e sexualidade sadias. É por tudo isso que o casamento é um valor absoluto. Jesus foi muito enfático ao dizer: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” – Marcos 10.9. Mas por que mesmo assim o casamento é origem de tantos problemas? Por que tantas vidas têm sido arruinadas pelo casamento? Eu respondo com um ditado popular: “Quem não tem competência, não se estabeleça”. Precisamos compreender que mesmo sendo o casamento um conceito absoluto o seu sucesso está relacionado a uma série de questões relativas: É lógico que será muito diferente casar por contingência ou por convicção. É lógico que será muito diferente casar aos 18 ou aos 30 anos. É lógico que será muito diferente casar com Maria ou com Marta. É lógico que será muito diferente casar pensando se vai dar certo ou pensando que tem que dar certo. É lógico casar ou não casar também fará uma grande diferença na vida de qualquer pessoa. Quem casa deve estar preparado para viver o casamento como um conceito absoluto e quem não se sente preparado para isso, que não case ou espere até estar preparado. Se essa questão fosse compreendida e aceita como um padrão de conduta exigível, nossa sociedade não se veria às voltas com tanta miséria social, moral e espiritual. Todos nós sabemos que a desintegração da família é a grande responsável pela falta de rumo das novas gerações. Outro aspecto dessa questão, é achar que a opção de permanecer solteiro é sinônimo de irrestrita liberdade. Não! Entre tantos outros conceitos absolutos, a pureza moral é um valor que deve pautar a conduta de todos os seres humanos. Não podemos ignorar o que Jesus disse àqueles que achavam difícil demais o padrão divino para o casamento: “Por que há eunucos de nascença; há outros que os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fazem eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita” – Mateus. 19.12. Não estar casado jamais pode significar uma porta aberta à promiscuidade sexual. Isso vale para solteiros, viúvos e divorciados! Prezado leitor: Eu sei que ao colocar as coisas nestes termos, estou apontando para um ideal muito elevado, mas ao menos os cristãos precisam fazer valer o seu chamado. Enquanto a Igreja der o exemplo, o mundo terá um padrão para onde retornar. JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!