A observação do mundo nos ensina uma lição básica: Todas as coisas possuem um centro, através do qual gravitam os demais elementos. Galáxias e átomos são regidos pela mesma lei. Porém, muito além do universo físico, todas as esferas da vida obedecem invariavelmente a esse mesmo princípio. Jesus foi muito claro ao dizer: “Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (Mateus 6.21) De forma consciente ou não, alguma coisa será colocada no centro da nossa vida; algum desejo irá se sobressair em nosso coração; algum pensamento terá predominância em nossa mente; é em função disso que iremos dispender os nossos maiores esforços; será essa a matéria prima que irá moldar o nosso caráter e, será ao redor desse centro que iremos ordenar todas as demais realidades que fizerem parte da nossa vida. Mesmo aquela pessoa que vive sem objetivos, que desistiu de lutar, que simplesmente se entregou às circunstâncias, não poderá fugir dessa lei, pois terá colocado como centro de sua vida a negação da própria vida. A desintegração e o suicídios, rápido ou lento, será o seu caminho inexorável. Estou alinhavando esse pensamento, porque o simples fato de sermos humanos coloca em nós um potencial inacreditavelmente grande e por isso mesmo nos confronta com a obrigação moral, ainda que seja apenas diante da própria consciência, de desejarmos tomar as melhores decisões; de sermos agentes positivos do nosso próprio destino e não simplesmente deixar que a vida nos leve. Há um valor inestimável no fato de sermos simplesmente humanos. Não somos uma coisa qualquer! Quer admitamos ou não, somos a coroa da criação. Sim, somos a expressão mais elevada de vida que conhecemos. Nem todas as descobertas ou especulações da ciência podem nos dar alguma esperança concreta que o universo natural possua algo que sequer se assemelhe a nós. Não há nada próximo daquilo que eu e você podemos ver quando nos olhamos no espelho, ou podemos sentir quando simplesmente tocamos o nosso próprio corpo, ou podemos expressar, quando simplesmente falamos acerca de nós mesmos. A simples constatação dessa verdade, exigiria que por coerência buscássemos as coisas que conduzem à vida e não à morte. E isso não somente para nós mesmos, mas também para todos aqueles que conosco navegam nesse frágil barco que se chama humanidade. Mas o que aconteceu? Nos perdemos, cada um em sua própria sensação de onipotência, desconsiderando essa verdade essencial que tudo aquilo no qual colocamos o nosso coração, dominará a nossa vida. Nem eu nem você poderemos nos mover para fora desses limites: Para o bem ou para o mal, aquilo que somos, exceto por alguma razão muito específica, é o resultado de um universo que nós mesmos criamos e que se move ao redor daquilo que elegemos como sendo “o nosso tesouro”. Nossas reações, nossos pensamentos, sentimentos, nossos valores, nossos conceitos, nossos projetos ou a falta deles, tudo é movido pelo poder que emana desse “tesouro”, bom ou mau. Prezado leitor: O que ocupa o centro da sua vida? É algo suficientemente bom, estável e poderoso para ordenar, impulsionar e preservar a harmonia de tudo quanto você é e possui? É algo suficientemente puro e saudável para extrair de você o melhor que sua humanidade pode oferecer? Você não daria tudo para possuir um tesouro assim? “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo que um homem, ao descobri-lo, esconde; então, cheio de alegria, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou”. (Mateus 13. 44-46) JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!