Dia 09 de fevereiro de 2015. Estou na praia. 10:00 horas da manhã. Sentado na varanda da casa, que é importante dizer, alugada. Um lindo dia! Céu absolutamente azul, temperatura amena, a brisa agitando levemente os galhos das árvores do balneário bem arborizado de Arroio Teixeira. Tenho aqui também um bônus extra: um constante uivar do vento no “oitão” do telhado da casa. Tudo aqui emana paz! Nestes dias, me desconectei do mundo lá fora, aproveitando para ler, meditar, caminhar, curtir a família e, por sugestão do meu filho Natanael, que por sinal aniversaria hoje, assistimos a um documentário sobre a Primeira Guerra Mundial. Foi sugestivo, num ambiente de tanta paz, assistir a esse documentário, pois mal comparando, a Europa em 1914, era o “paraíso na Terra”. Segundo relatos da época, aquele verão especialmente tinha sido exuberante, talvez o verão mais lindo já registrado na história. O progresso se estendia a todos e em todas as direções. A natureza parecia em festa. As pessoas estavam felizes e cheias de esperança. Talvez o Velho Mundo nunca houvesse experimentado até então um sentimento tão próximo da plenitude. A vida parecia pulsar com força e alegria em todo lugar. Entretanto, o que ninguém percebia é que no coração da Europa haviam coisas mal resolvidas. Aquilo que exteriormente parecia tão seguro, mostrou-se estar apenas por um fio. Economicamente, seria loucura que qualquer país cogitasse de uma guerra, entretanto, sentimentos nacionalistas ainda nutriam ódios antigos. Então, bastou um incidente entre austríacos e sérvios para que, de um momento para outro, todos esses sentimentos fossem potencializados. A França carregava sérios ressentimentos contra a Alemanha por territórios que ela anexara há mais de cem anos e não se mostrava disposta a restituir. Rússia e França tinham firmado um pacto de apoio mútuo. A Inglaterra estava seriamente preocupada com a rápida expansão bélica da Alemanha. A Áustria, por sua vez, querendo acertar as contas com a Sérvia, foi pedir o apoio da Alemanha. E a Alemanha, que estava apenas esperando um pretexto, viu no conflito a oportunidade de testar sua força para impor sua primazia ao continente. E foi assim, “aparentemente” do nada, que explodiu a 1ª Guerra Mundial. O que eu quero dizer, enfim, é que quando as coisas não estão resolvidas por dentro, nem a coincidência perfeita dos mais diferentes fatores externos será suficiente para garantir a paz. É muito bom poder sair, respirar outros ares, fugir da rotina por uns dias, descansar nosso corpo e nossa mente, mas tudo isso é de pouca ajuda quando a paz não está dentro de nós. Eu possuo uma natureza bastante agitada. Tinha evidentemente muitos motivos para reconhecer minha necessidade de Deus, porém creio que a razão maior que me levou a buscá-Lo foi a minha falta de paz. Por Sua graça percebi que somente Ele poderia aquietar as tantas vozes conflitantes que clamavam dentro de mim. Desde então, ainda luto, mas sempre que a paz me foge, sei onde e como reencontrá-la: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14.27) Hoje, em já em pleno andamento do século XXI, a paz parece cada vez mais incerta. Nada indica que a humanidade tenha aprendido com as traumáticas lições do passado e nada sugere que o mundo consiga estabelecer por si mesmo a paz: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parte à que está para dar a luz; e de nenhum modo escaparão”. (1 Tes. 5.3) Prezado leitor: Por ser o grande anseio da humanidade, até o fim, as promessas de paz estarão no centro do discurso dos poderosos deste mundo, porém, a verdadeira paz só pode ser achada naquele que a estabeleceu e, com o preço do Seu próprio sangue. JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!