A resposta a essa pergunta não é tão obvia quanto possa parecer para alguns, nem tão difícil quanto possa parecer a outros. O evidente é que há critérios! Importante também é compreender que o conceito de céu não se trata de uma invenção cristã, mas da resposta que Jesus veio trazer a um anseio ancestral do ser humano.
Em todas as civilizações existe a crença em alguma forma de vida após a morte. Ninguém quer simplesmente deixar de existir, desaparecer para sempre. E, embora o existencialismo queira nos incutir a ideia de que não passamos de matéria, quando ficamos doentes, quando ficamos velhos, quando perdemos um ente querido, nosso ser reclama a existência de algo que transcenda esses poucos dias que vivemos aqui.
Por isso, em meio a esse emaranhado de mistérios que permeia a existência humana, há em nós um anseio pela eternidade que foi colocado pelo próprio Criador: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” - Eclesiastes 3.11.
Portanto, diante de tantas necessidades, inseguranças, desejos e perplexidades, Deus é a fonte das respostas pelas quais clamamos e é somente n’Ele que nossos vazios mais profundos são preenchidos. Não faz sentido, portanto, pensar num céu sem Deus, pois o céu é a própria habitação de Deus; um lugar impregnado da Sua presença. Jesus foi muito claro quando confortou os discípulos antes de sua partida: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” – João 14.1-6. A que conclusão chegamos? Que quando pensamos no céu, não podemos dissocia-lo da presença de Deus e que quando pensamos em presença de Deus, não podemos dissocia-la da pessoa de Jesus Cristo.
Dias atrás, um amigo perguntou-me: Por que Deus nos prova tanto? A resposta que lhe dei, está relacionada ao céu e se resume em três questões essenciais: 1º)Provas são necessárias por que Deus quer ter a certeza que queremos nos relacionar com Ele e não somente pedir-lhe coisas. Quem não está disposto a buscar um relacionamento de intimidade com Deus, que motivos teria para desejar o céu?; 2º)Provas são necessárias, por que o céu é eterno. Uma pessoa que diante tentações ou das tribulações se enfada de Deus, que motivos teria para ser acolhida em Sua presença na eternidade?; 3º)Provas são necessárias por que o céu é um lugar completamente separado do pecado. Alguém que não passou por uma sincera e profunda experiência de arrependimento, como poderia e considerar-se apto a viver no céu? Um dia Jesus encontrou um grupo de religiosos fazendo aquilo que muitas vezes fazemos: Conjecturar sobre a desgraça alheia. Sua resposta foi muito enfática: “Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” – Lucas 13.5.
Prezado leitor: A essência do Evangelho é resumida no seguinte texto: “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3.16. Mas veja bem: Como Deus receberia no céu alguém que não deseja um relacionamento de intimidade com Ele? Como Deus receberia no céu alguém que persiste no pecado? Como Deus receberia no céu alguém que se mostrou indiferente à mensagem do Evangelho? Para essa pessoa seria necessário um outro céu. Mas sejamos coerentes: Que céu seria esse?
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
