Comunidade Cristã | Encantado, 27 de agosto de 2024
DUAS FACES DE UM MESMO DIREITO
Por: Pr. Armando Castoldi
28/03/2011

 

Talvez reflexo de algumas situações que estou vivendo, a noite passada sonhei que estava assistindo a uma palestra de uma missionária que trabalhava entre os índios da Amazônia. Em seu testemunho ela relatava com grande pesar a luta que travava para manter os índios livres do estilo de vida consumista e especialmente do flagelo do alcoolismo e das drogas, resultado do contato com o homem branco.  Em seu testemunho também falava com freqüência de um jovem índio que adotara como filho.   Encerrada sua palestra começamos a conversar sobre o assunto e então eu lhe fiz a seguinte pergunta:  Irmã!  Eu entendo seu sofrimento, mas me responda com sinceridade: -Você acha que vale à pena continuar lutando para que eles continuem vivendo em sua cultura?  -Você acha que eles querem continuar sendo índios?   A resposta dela foi pronta e direta: -Pois é: Meu próprio filho não quer mais ser índio!

Acordei com essa imagem e essas palavras límpidas em minha mente.  No sonho, a minha pergunta pareceu despertar naquela velha missionária o senso de uma realidade que talvez o tamanho dos seus ideais a impedia de ver.   Sim, por maior e mais legítimo que fosse o seu direito de ter um sonho em relação àquele povo, ela não poderia roubar-lhes o direito de tomarem  suas  próprias decisões.  Mesmo assim ela continuaria lá.  Ela não desistiria, porque apesar de tudo, apesar de reconhecer o limite tão exíguo do seu espaço de ação, ela faria o que estivesse ao seu alcance para livrar aquele povo da destruição. O amor é uma fonte que ninguém pode deter!

Quando lidamos com pessoas sempre enfrentamos esses dilemas.  Um pai amoroso e consciente poderia determinar todas as ações do seu filho e poderia, em tese, tomar as melhores decisões no seu lugar.  Porém, ao fazer isso, ele estaria roubando-lhe o direito mais sagrado. É nessa dimensão que se passam os grandes conflitos no coração daqueles que de fato querem o bem do seu próximo.  É nessa dimensão que Deus viveu seu grande dilema, quando seus primeiros filhos lhe voltaram as costas.  Acredito, e espero não estar falando uma heresia, que é nessa dimensão que Deus ainda vive seus maiores conflitos; quando ao saber que poderia mudar tudo com um simples “estalar de dedos”, simplesmente se resigna em permitir que tomemos as nossas próprias decisões. 

Sei que foi apenas um sonho, porém isso me fez compreender com mais clareza algumas questões que envolvem minha própria vida, minha família e meu ministério pastoral.  Há coisas que eu gostaria de decidir pelos outros, mas não posso.  Estou de mãos atadas. Há coisas que provavelmente Deus gostaria de ver diferente em minha própria vida, mas Ele pacientemente espera que eu tome a decisão.  Jesus certamente vive até hoje a expectativa de que a cruz convença os homens dos seus pecados, entretanto essa expectativa se cumpre em tão poucos!

Prezado leitor: Vamos considerar agora a sua vida.  Talvez haja alguém que pacientemente esteja lhe advertindo da necessidade de mudança.  Talvez até mesmo uma multidão esteja há muito tempo gritando em seus ouvidos que você precisa mudar.  Você pode argumentar e com toda a razão, que ninguém tem o direito de ditar o que você deve ou não deve fazer. Porém, Se você usar em seu favor esse argumento, lembre também que ninguém é obrigado a repartir  com você as consequências de suas decisões erradas.  De fato somos livres, mas nunca deveríamos desprezar a voz daqueles que nos amam.  Eles de fato não podem ditar a nossas decisões, mas possuem um direito legítimo de nos apontar o melhor caminho. Esse é o direito de Deus. Esse era o direito daquela missionária que vi em sonho.  Esse é o direito de quem prega o Evangelho: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” Marcos 16.16-17.   Aceitar a verdade ou rejeitá-la, certamente que é um direito seu!

JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!

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