Num tempo de generalizada corrupção dentro da nação de Israel o profeta Isaías escreve: “O sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no juízo. Porque todas as mesas estão cheias de vômito, e não há lugar sem imundícia. A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria entender o que se ouviu? Acaso, aos desmamados e aos que foram afastados dos seios maternos? Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali. (...) Assim pois a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali; para que vão e caiam para trás, e se quebrantem, se enlacem, e sejam presos” – Isaías 28.7-13.
Ao tempo de Isaías a nação de Israel era governada por um sistema monárquico, porém a religião ainda ocupava o centro da vida social. Assim, o poder na verdade era exercido mais pela religião do que pelo próprio rei e os sacerdotes e profetas ocupavam na prática o espaço do poder legislativo e judiciário.
Um dos sintomas mais evidentes da corrupção de um poder é quando as leis começam a se multiplicar. Por que aqueles que dominam já transgrediram todos os princípios concebidos pelo senso comum, a única forma de preservar o poder e começar a promulgar leis contra o povo, para que a culpa que recai sobre eles comece a ser transferida sobre os cidadãos, criando um estado de insegurança social que amordaça a todos, visto que com tantas novas leis que vão sendo aprovadas aqui ou ali todos podem ser incriminados.
Esse estado de coisas está visivelmente sendo implantado em nossa nação. Na medida que todas as esferas da administração pública mais e mais se corrompem, há uma ingerência desproporcional na vida dos cidadãos. Ora, quando aqueles que lideram adotam uma postura ética e moral adequada; quando aqueles que lideram podem ser vistos como referência, o povo simplesmente segue. Agora, quando aqueles que lideram fazem tudo o contrário daquilo que deveriam fazer, então é necessário colocar alguma forma de freio à sociedade e esse freio é sempre opressor, injusto e terrivelmente destrutivo. É por isso que muitas leis que estão sendo promulgadas em nosso país, contrariam todos os princípios do bom senso.
Ao tempo do profeta Isaías ele pergunta em sua perplexidade: “A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria entender o que se ouviu? Acaso, aos desmamados e aos que foram afastados dos seios maternos?”. Parece que aos olhos do profeta, ainda que remota, parecia haver uma esperança: apostar nas novas gerações. Pois bem, nossos governantes conscientes dessa remota possibilidade tentam abortá-la desde o ventre. O Estado agora começa a investir contra a família, subtraindo gradativamente todos os direitos do pátrio poder. Não sejamos ingênuos pensando que a obrigatoriedade do ensino a partir dos quatro anos de idade seja para o bem da família; que a aprovação da lei da palmada, inapropriadamente rebatizada como “Lei Menino Bernardo”, seja para o bem da família; que o radicalismo a respeito da proibição do trabalho infantil seja para o bem da família; que a manutenção da menoridade penal até aos dezoito anos seja para o bem da família. Ao contrário, todas essas leis e outras tantas que ainda virão, possuem um único propósito: abortar o próprio futuro!
Prezado leitor: O final desse processo já nos foi fartamente revelado na História recente e remota. Infelizmente, como alertava o profeta Isaías, tudo isso é um terrível retrocesso, é “cair para trás”, porque no final, todos seremos quebrantados, enlaçados e presos. Pense nisso ao eleger seu próximo “rei”, “sacerdote” ou “profeta”.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
