Por: Pr. Armando Castoldi
CONCEITOS PERIGOSOS
Certamente você já deve ter ouvido e talvez até usado frases do tipo: “Deus é o mesmo”, “toda religião é boa”, “todos os caminhos levam a Deus”. Particularmente eu as ouço com muita frequência. Claro que às vezes a pessoa fala com sinceridade, demonstrando respeito pela minha fé, mas a questão não está no fato da pessoa ser respeitosa, mas na veracidade ou não daquilo que ela está afirmando.
É lógico que se o Deus é o mesmo em todas as religiões, então todas as religiões são boas e, por consequência, todos os caminhos levam a Deus. Mas será que é assim? Será que Deus inspirou todas as religiões? Será que todas elas, mesmo sendo tão diferentes entre si, levam as pessoas a terem um relacionamento verdadeiro com o Deus único? E qual é o conceito de bom? Será que toda prática religiosa, simplesmente por carregar esse rótulo, é realmente boa?
Eu sei que a fé é um “solo sagrado” no coração das pessoas. Sei que é complicado quando alguém põe em questão as nossas convicções. Porém o que é melhor: Continuar sinceramente enganados ou ser tirados do nosso conforto e compreender a verdade? Hoje vivemos num tempo em que toda mensagem “espiritual” precisa ser politicamente correta, polida, positiva, confortadora. Poucos param para se perguntar sobre a essência das coisas; poucos estão preocupados em saber onde vai dar o caminho que estão seguindo. Por isso, talvez a grande maioria irá preferir continuar acreditando naquilo que sempre acreditou e apostar que no final tudo irá dar certo. E se não der certo?
Outra frase que comumente ouço é: “O que vale é a intenção”. Mas será que somente a intenção é suficiente? Quantos casamentos não seriam desfeitos, se dependesse apenas da intenção. Quantos acidentes não aconteceriam se dependesse apenas da intenção. Quantas coisas seriam melhores se dependesse apenas da intenção. Quanta idolatria, quanto engano, quanto superstição estão por trás das boas intenções religiosas! A fé verdadeira, muito mais do que uma intenção sincera, exige conhecimento. E de onde vem esse conhecimento? Apesar do tanto que os líderes judeus sabiam sobre religião, Jesus foi muito enfático: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem [que está no céu]. E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” – João 3.13-15.
Não é, portanto, através de uma religião, mas somente por meio de Jesus Cristo que podemos ter verdadeira segurança e é nesse ponto que muitos tropeçam, porque ao ouvir o Evangelho são confrontados com a necessidade de mudar muita coisa, ou talvez de mudar tudo a respeito de suas convicções religiosas. Para reforçar essa verdade, quero apenas transcrever um breve diálogo de Jesus com os judeus: “Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação. Era inverno. Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão. Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram. Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente. Respondeu-lhe Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome do meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um. Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar” - João 10.22-31.
Prezado leitor: Talvez hoje, num mundo mais “civilizado”, as mesmas pessoas não pegariam em pedras, mas diriam polidamente: “Deus é o mesmo”, “todas as religiões são boas”, “todos os caminhos levam a Deus”, “o que vale é a intenção”. Pense nisso!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
