Por: Pr. Armando Castoldi
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo, a concupiscência dos olhos a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bom como a sua concupiscência; aquele, porém que faz a vontade de Deus permanece eternamente” - 1 João 2.15-17.
Há uma pergunta quase inevitável diante do texto acima: Mas como não amar o mundo, nem as coisas que há no mundo, se o mundo é tudo quanto eu conheço? Como não amar o mundo nem as coisas que há no mundo, se o mundo é o cenário de todas as experiências que eu vivencio? Como não amar o mundo nem as coisas que há no mundo se é o próprio mundo que me provê a vida e tudo o quanto eu possuo? São perguntas que fazem sentido, contudo este mundo também nos proporciona uma dose grande de sofrimento e por fim nos depara inexoravelmente com a morte.
Então, sabendo disso, tudo o que a grande maioria faz é se defender com unhas e dentes contra as agressões da vida; tirar proveito daquilo que puder e, enquanto possível, ignorar a morte. E para aumentar a sensação de poder, prazer e sentido para esse breve e conturbado caminho entre o nascimento e o óbito, cada geração cria seus próprios mecanismos e conceitos de valor. É assim que dois grandes ídolos da nossa juventude, que pertenceram ao mesmo grupo musical, recentemente tiraram suas próprias vidas, um por overdose e o outro com um tiro na cabeça.
É lógico que não podemos julgar os motivos que determinaram esse lamentável desfecho. Mas eles não eram famosos? Não eram amados pelas multidões? Não possuíam tudo daquilo que o mundo podia lhes oferecer? O que lhes faltou? Talvez tenha lhes faltado considerar que “a concupiscência dos olhos e a soberba da vida passam”. Ou terá sido exatamente essa constatação que os fez desistir? O Evangelho teria sido a resposta. Mas será que chegaram a ouvi-lo? Será que o rejeitaram?
Ora, sendo o mundo um cenário de tantas incertezas, não deveria sem bem-vinda a notícia que há uma saída para os nossos grandes dilemas existenciais? Não deveria ser bem-vinda a notícia que há remédio para a morte? Não deveria ser bem-vinda a notícia que há um Pai que nos ama?
Infelizmente, aqueles que amam o mundo e as coisas que há no mundo, trocam a busca de Deus pelas experiências mais extravagantes e buscam antes a morte que a salvação. As drogas, a rejeição dos limites morais, o ateísmo militante, o anarquismo, a corrupção dos governos, a insubmissão às autoridades, o aborto e as tantas formas de perversão sexual, são expressões de um cenário de caos e destruição criado, paradoxalmente, por quem “ama o mundo e as coisas que há no mundo”.
Já houveram outros cenários antes. Alguns melhores e outros ainda piores. Todos passaram, atestando suas limitações e fracassos. Mas o Evangelho é eterno. Todas as pessoas em todas as gerações encontrarão nele as repostas para os anseios mais profundos da sua alma. O Evangelho é a notícia de que a morte foi vencida na cruz de Cristo; o Evangelho é a realidade do Espírito Santo habitando em mim, elevando-me acima das turbulências deste mundo decaído; o Evangelho é a realidade do amor do Pai, tornando-me capaz de resistir a todos os falsos amores que poderiam me arrastar para a destruição. Essas realidades não são do mundo, mas por que Deus veio ao nosso encontro, elas já podem ser provadas aqui. E, para que pudéssemos ter um pequeno vislumbre do seu valor, Jesus nos contou uma parábola: “O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” – Mateus 13.45-46.
Prezado leitor: O que você negocia? O que você procura?
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
