Por: Pr. Armando Castoldi
O grande pressuposto da fé cristã é que Deus é santo e o homem é pecador. Não foi assim desde o princípio, porém seduzido pelo pecado o ser humano seguiu seus próprios caminhos. Então a grande questão é: Estando separado de Deus, como o homem pode ser reconciliado? Pelas obras ou pela fé? Se por obras, decorre que o homem pode encontrar em si mesmo justiça suficiente para pagar sua salvação. Mas tal façanha seria possível a um ser decaído? Se porém é pela fé, basta ao homem reconhecer sua condição,arrepender-se e aceitar a mão que lhe está sendo estendida.
No Pentecostes, à vista dos sinais extraordinários que a acompanharam a vinda do Espírito Santo, uma multidão perplexa esperava alguma explicação da parte dos discípulos. Então Pedro, assumindo a Palavra, expôs detalhadamente que os eventos da morte e ressurreição de Cristo eram absolutamente necessárias para prover o resgate do homem diante de Deus e que aquilo que estava acontecendo diante dos olhos deles, era exatamente o cumprimento da promessa de Jesus: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão dos pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permaneceu, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”- Lucas. 24.44-49.
Então nesse dia, quando a promessa se cumpriu, depois de ouvir atentamente o discurso de Pedro, a multidão comovida pergunta: “Que faremos, irmãos? Respondeu-lhe Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar. Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. Então os que lhe aceitaram a Palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” - Atos 2.37-47.
Mas essa verdade tão fundamental, que desencadeou o maior movimento da História, aos poucos foi sendo diluída e até mesmo muitos daqueles que se diziam legítimos representantes do cristianismo, foram se deixando enredar pelo engano, entendendo que de alguma outra forma, através de rituais, boas obras, sacrifícios, ofertas, distribuição de indulgências ou intercessão de pessoas falecidas o homem poderia alcançar o favor de Deus. Entretanto, homem nenhum pode mudar as verdades de Deus. E especialmente hoje, onde a arrogância humana tem ido tão longe, por mais que alguém queira alegar que ser humano evoluiu ou poderá, em sucessivas encarnações evoluir o suficiente para tornar-se justo diante de Deus, o que vemos é o pecado tomando dimensões cada vez mais assustadoras. Como explicar esse fato?
Prezado leitor: Por maiores que sejam os progressos da humanidade, espiritualmente nada mudou: Deus continua santo é nós continuamos pecadores. Se você consegue compreender no coração essa verdade e assim como aquela multidão no dia de Pentecostes, quer reconciliar-se com Deus, não tente tornar-se justo por si mesmo, nem peça ajuda a quem não pode salvar. Entenda que só há um caminho: “Este Jesus é a pedra rejeitada por vós os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” – Atos 4.11-12.
Nossa vida é como um barco à deriva, sem chance de salvar-se. Contudo, não estamos sem resgate: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo” – Atos 16.31a. Simples assim!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
