Por: Pr. Armando Castoldi
O impressionante nos milagres de Jesus é que Ele nunca se repetia. Em cada caso, em cada circunstância sua abordagem, sua maneira de ministrar era diferente. Em Mateus 9.27-31, temos o seguinte relato: “Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi! Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se conforme a vossa fé. E abriram-se-lhe os olhos. Jesus, porém os advertiu severamente, dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba. Saindo eles, porém, divulgaram-lhe a fama por toda aquela terra”.
Ao ler o texto, me chamou a atenção de uma maneira nova a pergunta que Jesus fez aos dois cegos: “Credes que eu posso fazer isso?”. Evidentemente que Jesus poderia tê-los curado de qualquer modo, porém Ele lhes fez essa pergunta. Felizmente eles criam e, talvez exatamente por estarem acostumados a ter que confiar nos olhos de outros. Mas eu fiquei me perguntando a respeito das minhas próprias orações, dos meus próprios clamores. Até que ponto eu sempre consigo crer que Jesus de fato pode realizar os pedidos que estou colocando em minhas orações? Qual é a imagem real que eu faço dEle? Qual a medida que a minha mente e o meu coração concebem a respeito do Seu poder ou até do Seu desejo de me atender? O quanto eu creio que Ele de fato me ama e está mais interessado em mim do que eu mesmo? Até que ponto a razão às vezes não acaba abafando a minha fé e o conformismo ou a racionalização me fazendo desistir de continuar buscando? Até que ponto a medida da minha fé encontra-se aquém daquilo que a situação exige? E quando eu me encontrar em situações assim, o que devo fazer? Se não consigo fé suficiente, significa que está tudo perdido?
Então lembrei de dois episódios. O primeiro encontra-se em Lucas 17.3-5: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. O segundo episódio encontra-se em Marcos 9.15-29: “E logo toda a multidão, ao ver Jesus, tomada de surpresa, correu para ele e o saudava. Então, ele interpelou os escribas: Que é que discutíeis com eles? E um, dentro a multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, lança-o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando. Roguei aos discípulos que o expelissem, e eles não puderam. Então, Jesus lhes disse: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-mo. E o trouxeram; quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o agitou com violência, e, caindo ele por terra revolvia-se espumando. Perguntou Jesus ao pai do menino: Há quanto tempo isto lhe sucede? Desde a infância, respondeu: e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê. E imediatamente o pai do menino exclamou com lágrimas: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”.
Prezado leitor: Às vezes, sim, a nossa fé vacila. A fé dos discípulos, mesmo vendo os tantos milagres de Jesus, às vezes vacilava. Então, quando suas orações parecem não passar do teto; quando as seus problemas parecem já não ter solução; quando você percebe que sua fé é pequena demais para tamanho do milagre que você precisa, lembre-se que há um outro recurso; que há outra oração que você ainda pode fazer. E não se sinta diminuído por orar assim, porque outros já o fizeram e nem por isso foram rejeitados: “Senhor, aumenta a minha fé”.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
