(Artigo também publico no Jornal Opinião de Encantado)
Desde 2005 escrevo semanalmente minha coluna neste importante veículo de comunicação da nossa região. Tudo começou quando assumimos nossa exposição pública, alugando uma sala à rua Pe. Anchieta l327. À época, uma irmã que congregava conosco encontrava-se num salão de beleza quando ouviu alguns comentários maliciosos a respeito desse “aventureiro” que ousava abrir uma Igreja Evangélica no centro de Encantado. Ela então conversou comigo e aconselhou-me a publicar algo a respeito da minha pessoa e do trabalho que me propunha a realizar. Escrevi o texto, que caíu no gosto do diretor do jornal José Raimundo Tramontini, o qual sugeriu-me uma coluna semanal. Com alegria e temor, aceitei o desafio!
Desde então, “o que escrever” tem sido uma pergunta que me acompanha todas as semanas. Gosto muito de pregar. Porém a pregação é dirigida a um público específico, que está não somente familiarizada com a minha pessoa, mas também com nossa visão e mensagem. Então, pregar dentro de um contexto de Igreja é fácil, porém escrever para um público tão heterogêneo como os leitores do Jornal Opinião, é bem mais complicado. Entretanto, pela graça de Deus, com maior frequência do que eu poderia imaginar, encontro pessoas que se identificam como meus leitores assíduos. Minha esposa, meus filhos e membros da minha Igreja seguidamente compartilham que ouvem elogios a respeito daquilo que escrevo. Evidentemente há também quem discorde!
Então hoje, me perguntando sobre o que escrever, considerei que já estava mais do que na hora de expressar minha gratidão a todos vocês, que durante esses anos têm acompanhado semanalmente ou eventualmente minhas mensagens. São vocês a razão de existir desta coluna e são portanto, a motivação para que eu continue a cada semana fazendo a mesma pergunta. Muito obrigado, meus “prezados leitores”. Sei que às vezes ao chamá-los assim, faço depois perguntas ou colocações bem desafiadoras. Mas acredito que isso seja necessário, pois uma mensagem sempre precisa de uma aplicação.
Mas apenas para exemplificar esse retorno, um tempo atrás estava passando pelo Parque Multiesportivo, quando ouvi alguém me chamando pelo nome. Voltei-me e era uma amiga dos tempos de juventude. Ela estava na companhia do seu marido e abrindo um largo sorriso falou: “Armando, a mensagem que tu escreveste sobre ‘o tempero do chimarrão’, mudou minha concepção de casamento”. Assim, muitos outros testemunhos têm me alegrado e me dado ânimo para prosseguir.
Mas, “o que escrever” é de fato um desafio cada vez maior. O mundo ao nosso redor está muito estranho. Ninguém mais se entende. Como escrevi na semana retrasada, as próprias palavras já estão perdendo o sentido e quando isso começa a acontecer, fica muito difícil comunicar, especialmente comunicar valores. Vivenciamos hoje uma forma de pensar absolutamente inviável: Por um lado as emoções não valem nada e, por outro lado, tudo é medido pelas emoções. Exemplificando: Eu, como indivíduo, tenho o “direito sagrado” de fazer aquilo que o meu coração mandar, independentemente da dor que venha causar aos outros. Entretanto, ai daquele que, no uso do mesmo direito, ousar ferir as minhas emoções. Assim, alguém que possui um critério, que segue uma linha, que tem o compromisso com a verdade, encontra uma barreira quase que intransponível: Como falar a verdade sem ofender?
Prezados leitores: Eu defendo a tese que uma sociedade sempre terá aquilo que deseja. Sim, porque a semeadura é opcional, mas a colheita é inevitável. É por isso que sou grato a vocês, pois o vosso retorno revela que as boas sementes ainda encontram solos receptivos por aqui. Sou grato também ao Jornal Opinião e, de maneira particular ao meu amigo José Raimundo Tramontini. Muito obrigado a vocês também. Com certeza, há esperança para uma sociedade que ainda valoriza a Palavra de Deus.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
