Talvez como um mecanismo de defesa contra às quase infinitas possibilidades de sofrimento e morte, a maioria das pessoas procura evitar o assunto. Mesmo sabendo que o perigo pode estar na próxima esquina, no fundo pensamos que nunca acontecerá conosco. É certo agir assim? Em parte sim, porque por mais preparados que pensemos estar, não sabemos que mal poderá nos sobrevir. Normalmente o que nos acontece não é aquilo que tememos.
Contudo, existe uma diferença colossal entre a ansiedade e a prudência. A ansiedade está ligada à fantasia, a prudência está ligada à realidade. Preocupar-se excessivamente com algo que está completamente fora do nosso controle é loucura, mas ser precavido contra possibilidades reais, é sabedoria.
Como tenho um sítio, há alguns anos atrás comprei uma motosserra. Foi um processo demorado, pois todos nós sabemos que é uma máquina tão útil, quanto perigosa. Quando finalmente decidi adquiri-la, trouxe-a para casa, analisei-a minuciosamente, abri o manual e li com muita atenção todas as instruções. Não satisfeito, pedi ao vendedor que fosse comigo ao meu sítio, para me passar algumas orientações práticas. Somente depois de todos esses procedimentos passei a utilizá-la. Então, em relação à motosserra, acredito ter seguido todas as normas de segurança. Mas o fato é que nem sempre agimos assim e acabamos, por alguma razão, deixando muitas áreas descobertas em nossa vida, o que às vezes, pode ser fatal.
É o caso da triste tragédia ocorrida na madrugada do último domingo na cidade de Santa Maria. Não há como dimensionar o tamanho da perda; não há como dimensionar o tamanho da dor. Mas talvez a maior dificuldade daqueles que perderam seus entes queridos será conviver com a ideia de que tudo poderia ter sido tão facilmente evitado. Infelizmente esses por quês serão como fantasmas a torturar as horas de silêncio dessas pessoas. E cabe a nós todos aprender com essas lições, ensinadas de forma tão dura.
E quais são as lições? Eu sei que esse episódio provavelmente servirá como um divisor de águas em muitas questões relacionadas à segurança. Muita coisa irá mudar a partir de agora e, esse será de fato um grande ganho para a sociedade. Mas há um aspecto sobre o qual os meios de comunicação pouco ou nada irão dizer. Então, a mim cabe falar exatamente sobre isso. Não querendo absolutamente minimizar o tamanho da tragédia e tendo o máximo respeito com aqueles que perderam seus entes queridos, quero apenas ressaltar um aspecto que parece ficar sempre encoberto. Ora, independentemente do número de pessoas que morreram ao mesmo tempo, a morte é individual. Ainda que o mundo terminasse hoje, cada um morreria sua única vez. É por isso que a Palavra de Deus afirma de forma tão categórica o óbvio, exatamente para que possamos nos dar conta que há uma realidade inescapável que se impõe a todos: “...Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” - Hebreus 9.27.
Prezado leitor: É lógico que devemos nos esforçar para ter uma vida longa, saudável e feliz. É lógico que a ordem natural é que morram os velhos e não os jovens. É lógico que eu desejo ver essa ordem cumprida em mim, na minha família e em todos - É um dever amar a vida! Entretanto, desde criança eu considerava a seriedade do fato que poderia morrer a qualquer momento. Por causa dessa consciência, a descoberta mais importante da minha vida foi saber que eu poderia me preparar com antecedência. Jesus deixou uma promessa tão clara: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”. (João 5.24). Tomar posse dessa promessa, fez para mim toda a diferença. Se você crer, fará toda a diferença para você também. Creia!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
